O
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), nesta quinta-feira, 31, às 19h, lançou a
pré-candidatura de Renato Roseno à Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF). O
ato contou com a presença de Plínio Arruda Sampaio, que foi candidato à
Presidência da República, em 2010, e do cientista político e integrante da
Direção Nacional do PSOL, Jorge Almeida. Com a participação nas eleições, o
partido objetiva provocar amplo debate sobre a cidade, denunciar a lógica de
desenvolvimento que privilegia grandes obras e megaeventos em detrimento da
vida da população, bem como reunir aqueles e aquelas que desejam construir os
próximos passos da história de Fortaleza.
A
pré-candidatura do PSOL afirma-se para colocar em questão a organização do
presente e o planejamento do futuro de uma cidade que perdeu 90% de sua
cobertura vegetal em 35 anos. Uma capital que, na última década, teve a frota
de carros duplicada, o que tem gerado caos na mobilidade urbana e aumento da
poluição; que está em penúltimo lugar na qualidade da educação, dentre 184
municípios, de acordo com o Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica
do Ceará 2011; e que praticamente triplicou o número de terceirizados em
comparação à gestão anterior, enquanto os servidores municipais tiveram suas
carreiras desvalorizadas.
As
saídas apresentadas para esses problemas estão gerando mais desigualdades
sociais. Expressão dessa atual política é o projeto de mobilidade desenhado
para preparar a cidade para a Copa do Mundo, visto que é baseado na remoção de
milhares de famílias. Isso tudo em uma Fortaleza que possui um déficit
habitacional superior às 70 mil unidades e 46% da população desprovida de
serviço de esgoto. Diferente do que ansiava a população, a cultura política não
foi alterada nos últimos oito anos. O fisiologismo ainda orientação a
organização de secretarias regionais e direções de escolas, bem como a relação
da PMF com a Câmara dos Vereadores. Por outro lado, as decisões aprovadas nos
espaços de participação popular são colocadas em risco, a exemplo do que vem
ocorrendo com o Plano Diretor Participativo.
No momento
em que comemora sete anos de vida, o PSOL prepara-se para fomentar tais debates
e ampliar sua força política, sem abrir mão dos princípios que norteiam sua
atuação. Mais uma vez, a candidatura do partido terá como princípio a
independência financeira e a aliança com setores que se contrapõem à lógica da
privatização da política e da destruição da natureza e da sociabilidade, por
isso está a serviço da constituição da Frente de Esquerda com partidos,
sujeitos e movimentos sociais que constroem resistências anticapitalistas. “Queremos
unir aqueles e aquelas que possuem disposição de educar e aprender, de
auto-organizar, de mobilizar para reinventar, pois nos anima a capacidade de
indignação e insurgência.”, afirma Renato Roseno.
Fonte: Texto escrito por Helena
Martins no site http://www.psolceara.org.br
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